Os anos de 2020 e 2021 foram difíceis pra todos, foi quando enfrentamos as piores consequências da chegada da pandemia por Covid-19 e pessoalmente, foi quando sofri o que eu imaginava que seria o pior dos baques da minha vida. 

Meu filho caçula, Vicente, foi morar em outro país.

Naquele período, comecei a sentir fortes dores físicas e, sinceramente, achava se tratar de saudade.

Mas com o passar dos dias, a dor foi somada a outros sintomas e no final de 2021, decidi procurar ajuda médica.

E ali, sem dúvida veio o pior de todos os baques.

Recebi o diagnóstico de Esclerose ELA, uma doença degenerativa rara.

E eu já vou te explicar o que é essa doença e o motivo de eu estar aqui falando de tudo isso com você. Mas antes, deixa eu te contar como cheguei até aqui.

Sou Felipe Ávila, tenho 43 anos e sou pai da Maria Clara e do Vicente. Trabalho com teatro há mais de 20 anos, como diretor de cena, contra-regra e produtor. Sempre tive o sonho de sair de trás das cortinas para atuar no palco. É algo que acontece raramente, mas tive o enorme prazer de viver essa experiência recentemente.

Há mais de 8 anos, estou em cena com o musical Cássia Eller, rodando o Brasil, fazendo aquilo que amo. Sempre pratiquei muito esporte, futebol e altinha são minhas paixões, junto com o Fluminense e o forró, que me deu amigos que hoje fazem parte da minha família.

E por falar em família, preciso dizer que esse é o alicerce da minha vida. Meus dois filhos são minhas doses diárias de ânimo e o brilho nos meus olhos. Meu irmão, Rodrigo, é sem dúvida o meu melhor amigo.

Preciso ser sincero com você e dizer que jamais imaginei que passaria pelo que estou passando e nunca tive medo dos baques da vida. Quem me conhece sabe as dificuldades e vitórias que já passei até aqui.

Mas olha, a vida, assim como o futebol, é uma caixinha de surpresas.

Confesso que quando soube do diagnóstico da doença, a ficha demorou a cair. E quando caiu, meu mundo caiu junto.

Não sinto que sou melhor e nem pior que ninguém, mas naquele momento, a primeira coisa que pensei foi:

“Por que isso tá acontecendo comigo?”

Eu assumo que fraquejei. Um monte de pensamentos ruins vieram na minha cabeça, me coloquei na posição de vítima, fiquei muito triste Mas isso não durou muito tempo.

Sabe por que?

A resposta é muito simples:

Minha família de sangue e minha família de amigos não me deixaram naquele lugar.

Hoje se fala muito em rede de apoio. Agradeço a Deus por ter uma tão forte e cheia de amor.

Desde que soube do diagnóstico, uma avalanche de amor se materializou na minha frente, e essas pessoas seguraram firme na minha mão.

Estamos lutando juntos, para que eu possa participar dos programas de atenção e medidas pra diminuir as consequências da doença, aumentando minha qualidade de vida, garantindo que eu tenha um tratamento que me fortaleça.

Estamos lutando para que eu possa conviver com esse diagnóstico da melhor forma possível.

A gente no teatro sabe que ninguém faz nada sozinho.

Tem um grande amigo meu que sempre diz que “nada se compara a energia de um grupo de pessoas, pensando e agindo positivo, no mesmo propósito”.

E nesse sentido, quero te convidar para estar comigo, integrando essa poderosa rede de apoio, para que através da nossa força juntos, eu possa vencer cada etapa deste desafio.

Minha rede de apoio fez inúmeras pesquisas e encontramos um tratamento que apresenta resultados incríveis para esse diagnóstico.

Já te adianto que não é um tratamento clínico convencional. Descartamos essa possibilidade porque na medicina tradicional, minhas chances de viver bem, fora de uma rotina hospitalizada a maior parte do tempo, são mínimas.

Além do tratamento convencional ser muito agressivo e não proporcionar uma qualidade de vida que condiz com a minha realidade. E, sinceramente, eu escolho viver da melhor forma que eu puder.

Outro ponto que nos fez negar a possibilidade de usar a medicina tradicional, foram os custos elevados do tratamento.

Agora vamos direto ao ponto:

O tratamento que nós escolhemos foi o Panchakarma.

O panchakarma é a terapia mais profunda da Medicina Ayurveda.

É um tratamento sazonal para assegurar o equilíbrio orgânico durante o ano todo.

Este tratamento é usado para limpar o corpo de materiais tóxicos deixados por doenças e má nutrição, tanto de alimentos quanto de emoções.

Portanto, o panchakarma é um tratamento sistemático que desaloja e retira as toxinas de cada célula, usando os mesmos órgãos de eliminação empregados naturalmente pelo organismo: glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos, trato urinário e intestinos.

Pancha significa cinco, e Karma, ações ou procedimentos.

Panchakarma é o conjunto de 5 procedimentos que visam mobilizar e eliminar excesso de doshas (que estiverem em desequilíbrio) e ama (biotoxina).

Os cinco procedimentos são:

• Vamana, o vômito terapêutico

• Virechana, a diarréia terapêutica

• Basti interno, enema

• Nasya, aplicação de óleo medicado ou pó de ervas nas vias nasais

• Rakta mokshana, sangria

O processo do panchakarma é dividido em três etapas:

1.  Purva Karma: preparação
2. Pradhan Karma: eliminação
3. Uttara Karma: tonificação

Alguns dos benefícios do panchakarma são: aumento do funcionamento do agni, manutenção da saúde, equilíbrio da mente e do intelecto, aumento da resistência física e remissão de doenças.